
Era um odor a terra húmida e a chuva e a rosas queimadas... Pareceu-me que era a morte, aquilo que a mim me entontecia. Nem sequer lhe vi o rosto. A morte é a única testemunha da paixão. Tem ciúmes dos corpos e queima-os devagar. Quando os corpos se entregam ao império dos seus lumes é a morte que os ilumina. Depois rouba-os, como se perpetuasse um crime perfeito, esquecendo-se de que os corpos deixam traços... Um crime perfeito, não fora o poder dos sonhos que crescem ao lado da vida para melhor denunciarem a mão da morte.
Os mortos tornam.se secretos para apaziguar as almas dos vivos.
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